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Mostrando postagens de abril, 2019

Mulher de branco

Ponte branca  Ponte de alvenaria assombrada pelos lamentos de moça com vestido esvoaçante pálida tez, cor de seda! encharcada, com pés descalços! afogou-se de amor como devida amante e voltou em penitência que não pôde mais cumprir Ponte branca? não existe mais morreu em 1998,  enterraram com o cadáver da noiva. Por I.M.A

Noite na mata

Breu da mata Rios decalcam as matas ciliares ao subir da lua o voo do tuiuiú vem trazendo taciturno as estrelas em suas longas asas e o preto do céu em seu papo escuro a cigarra e o grilo badernam no verde sob as luzes dos vaga-lumes encorando a serenata do silêncio acompanhados pelo doce som de água corrente e o Jacurutu, observador paciente  deixa sair risada aleivosa, de olhos bem abertos sabe o sabido, o ''bicho'' acordou acordou labareda nas sombras das árvores passos abafados e roncar do diabo tão bela, perigosa tão arisca, majestosa a onça pintada atende o chamado da mãe-natureza e devora o sol rugindo o  fim do dia.