Homicídio
Homicídio O homem é escravo da sombra que tapa seu olhar e prende as suas magras canelas eretas ao chão áspero. Fatigado por longos anos no escuro, prende-se ao teto da alvorada, com um nó bem dado e finalmente sente os olhos marejarem um triste orvalho. A negra silhueta escala a suja parede balançando ao vento-vácuo e rasga fora suas negras asas no céu do quarto. O homem enfim mata a sombra, e aos seus olhos mornos e desbotados de recém-finado, está livre .