Homicídio

Homicídio

O homem é
escravo da sombra
que tapa seu olhar
e prende as suas 
magras canelas
eretas ao chão
áspero.
Fatigado
por longos
anos no escuro,
prende-se ao teto
da alvorada, com
 um nó bem dado
finalmente
sente os olhos
marejarem
um triste
orvalho.
A negra silhueta 
escala a suja parede
balançando ao vento-vácuo
e rasga fora suas negras asas
no céu do quarto.
O homem
enfim
mata
a sombra,
e aos seus olhos 
mornos e desbotados
de recém-finado,
está livre






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