Os mesmos olhos meus
miraram o mesmo céu
e lá estavam os mesmos
oito sóis de sempre;
uns dois apagados
num mesmo compacto cinza

sentia o mesmo vento
que não advindo de um mesmo mar,
serpenteava para fora
do mesmo caixote branco e feio

mais um dia
diferente de outros muitos
em que os mesmos numerais
não se repetiriam
numa mesma data

mesmos dias iguais
em que o instante
ainda que heterogêneo
me ferroava, cômico

mesma sensação única
singular, mas
o tão conhecido
mesmo tédio.



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